sábado, 26 de maio de 2012

"Instalada comissão para elaborar metodologia do Novo Estatuto da UFPE": velhas formas de remendar o novo?




Foi instalada ontem (24) a Comissão para Recebimento de Propostas e Sistematização acerca da Metodologia da Elaboração do Novo Estatuto da Universidade Federal de Pernambuco. Presidido pelo vice-reitor Sílvio Romero Marques, o grupo de trabalho busca uma construção democrática, com representação de docentes, técnicos administrativos em educação (TAE) e alunos.
O Novo Estatuto é um compromisso que foi assumido pela gestão atual durante a campanha. “O objetivo é desenvolver uma metodologia que permita uma ampla participação da comunidade”, afirmou o reitor Anísio Brasileiro. Os documentos de referência estão disponíveis para consulta on-line. A comissão conta com os seguintes represenantes:
•Centro Acadêmico do Agreste (CAA) – Professor Sílvio Diniz
•Centro Acadêmico de Vitória (CAV) – Professor Paulo Roberto de Santana
•Centro de Artes e Comunicação (CAC) – Professor Miguel Espar Argerich e TAE Maria Luziene Xavier Feitosa (suplente)
•Centro de Ciências Biológicas (CCB) – Professor José Ferreira dos Santos e TAE Marlene Carvalho Alencar Barbosa (suplente)
•Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) – Professores Alfredo Mayall Simas e Cid Bartolomeu de Araújo
•Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) – Professora Luciana Grassano
•Centro de Ciências da Saúde (CCS) – Professor Alberto Galvão de Moura Filho
•Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) – Professor Denilson Bezerra Marques
•Centro de Educação (CE) – Professores Aída Maria Monteiro Silva e Erinaldo Ferreira do Carmo (suplente)
•Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) – Professor Antônio Paulo de Moraes Resende
•Centro de Informática (CIn) – Professor Francisco Tenório de Carvalho
•Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) – Professor Alexandre Schuler
•Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) – Professores Jaime Mendonça e Sérgio Sette (suplente)
•Associação de Pós-Graduandos (APG) da UFPE – Hercília Melo do Nascimento e Anderson Diego Farias da Silva (suplente)
•Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco (Sindsep) – Maria das Graças de Oliveira
•Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco (Sintufepe) – Fernando Roberto Maranhão de Araújo e Guilherme Costa Neto (suplente)
O reitor defendeu que é preciso respeitar a pluralidade dos departamentos. “Este é um processo participativo, com apoio dos três segmentos”, disse a pró-reitora de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe), Lenita Almeida Amaral. Ela informou que o documento norteador dos trabalhos é o parecer do Conselho Nacional de Educação, disponível no mesmo site.
Para Sérgio Sette, o atual estatuto é muito engessante e por isso deixa de ser cumprido. O CAA e o CAV, por exemplo, possuem estrutura de núcleos e não de departamentos. “Por que não deixar os dois tipos conviverem?”, questionou. Antônio Paulo Resende ressaltou a importância de dialogar com essa memória do estatuto, em vez de partir do zero, mas tornando a documento mais rápido e leve.
O docente Denilson Bezerra Marques afirmou que é preciso pensar um documento que tenha aderência à cultura da UFPE e seja factível. Para ele, o texto atual representa uma época de extrema opressão, pois foi pensado durante a ditatura, e o texto novo precisa ter uma lógica fluida e dinâmica para atender às demandas do mundo globalizado.
Miguel Espar Argerich ressaltou que é preciso aproveitar a oportunidade, pois a mudança é urgente. Para Anderson Diego Farias da Silva, é necessário realizar seminários e dialogar com a sociedade para haver um projeto realmente democrático. Sílvio Romero propôs um novo encontro na próxima quinta-feira (31), às 14h, para discutir os documentos de referência e a base conceitual do projeto. 

Fonte: www.ufpe.br/agencia. Acesso em 25.05.12

quinta-feira, 24 de maio de 2012

GREVE NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR

Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN



Data: 23/05/2012

Atitude de Mercadante demonstra a força da greve

A greve dos docentes ganha força a cada dia e já são 44 instituições federais de ensino paradas, que são base de 48 seções sindicais filiadas ao ANDES-SN. Uma demonstração da força da mobilização está no apelo feito pelo ministro da Educação, Aloizio Mercante, na tarde desta quarta-feira (23), para que os professores voltassem para sala de aula.

“A coletiva do ministro mostra que ele reconhece a força da nossa greve”, argumentou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa. Na entrevista que deu à imprensa, que foi ao ar ao vivo pelo canal NBR, Mercadante afirmou que os professores foram precipitados, já que termina em agosto o prazo legal para previsões no orçamento de 2013.
Em resposta ao ministro, Marina Barbosa lembrou que o processo de negociação perdura desde agosto de 2010 e que a proposta apresentada pelo governo em dezembro daquele ano é a mesma do dia 15 de maio passado, quando houve a última reunião do GT carreira, criado para negociar o plano de carreira.

“O governo, na verdade, finge que negocia. Descumpriu acordo assinado com as entidades que previa o trabalho conclusivo sobre a reestruturação da carreira em 31 de março. Escuta os nossos argumentos, diz que eles enriquecem o debate, mas, ao final, mantém a mesma posição, contrariando, às vezes todas as outras partes representadas no grupo de trabalho”, contra-argumentou Marina.

“Ao contrário do que disse o ministro, o movimento dos professores não foi precipitado, estamos presentes em todos os espaços de negociação desde 2010, apresentando propostas e cobrando respostas do governo. E, até mesmo as correções ajustadas no ano passado para vigorar em março deste ano só se tornaram realidade, com a MP 568/12, depois que a categoria deliberou, no dia 15 de maio, que entraria em greve no dia 17.”, contestou a presidente do ANDES-SN. “A categoria está indignada, tanto que a greve explodiu em todo o país”, afirmou.

Negociações
Para Marina, a fala de Mercadante, ao invés de fazer os professores voltarem para sala de aula, vai aumentar a indignação de quem ainda não parou. “A nossa greve é justa, legítima e está sendo construída pela base. Entendemos a posição do ministro, mas quem decidirá sobre os rumos da greve será a categoria e ela está insatisfeita não só com as protelações constantes em relação à aprovação do plano de cargos e salários, como com a falta de infraestrutura nas nossas universidades federais”, adiantou.

A presidente do Sindicato Nacional disse, ainda, esperar que o governo, na reunião do GT carreira da próxima segunda-feira (28), receba o ANDES-SN com disposição efetiva de negociar. “Mesmo em greve, fomos recebidos por todos os governos, dos militares a Fernando Henrique Cardoso, esperamos da presidente Dilma a mesma atitude democrática”, argumentou.

Veja, aqui, o quadro atualizado das instituições federais em greve.


Fonte: ANDES-SN